Líder sindical e vereadora, Enilda Mendonça critica tratamento desigual na Educação do município de Ilhéus

 



Líder da categoria e vereadora, a professora Enilda Mendonça criticou ontem no plenário da Câmara Municipal o tratamento desigual existente hoje entre os professores efetivos e contratados, que convivem diante de deveres iguais e direitos diferentes na rede de ensino de Ilhéus.  Enilda destacou que quando se fala da valorização de uma categoria não se pode esquecer que existem trabalhadores envolvidos, independente do seu vínculo e que, hoje, os contratados vivenciam uma espécie de “trabalho escravo” no exercício das suas atividades profissionais.

A parlamentar explicou as bases do contrato de trabalho estabelecido, inclusive na Lei do Piso Nacional, que não trata apenas de salário, mas de condições de trabalho, também. E fez um comparativo. O professor efetivo que tem 40 horas na escola vai para a sala de aula 26 horas e 14 horas ele utiliza no planejamento, estudo, avaliações e correções de atividades. Já o contratado com a mesma carga horária de 40 horas, dedica 50 horas/aula na sala de aula, além de planejar e corrigir. E ainda vai ganhar menos que o efetivo. “Precisamos discutir isso melhor”, protestou.

A líder sindicar e vereadora explica que a carga horária dos professores, por lei federal, deve ser distribuída em três terços com, no máximo, em dois terços em contato direto com o aluno e, no mínimo, um terço, como tempo para o professor planejar, estudar e até corrigir atividades dos alunos. “São trabalhadores com a mesma formação, carga horária e que trabalham na mesma unidade escolar em condições totalmente diferentes”, criticou. Segundo Enilda, no modelo adotado pela Prefeitura de Ilhéus, mesmo que o professor contratado tenha especialização ele conta com o salário de professor do ensino médio com a carga horária maior.

A parlamentar lembrou no plenário da Câmara que a Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI APLB) ganhou na justiça a obrigação do cumprimento de uma postura igualitária por parte do município, o que, até aqui, não foi feito. Disse ainda que consta do acordo coletivo de trabalho da categoria o cumprimento desta determinação judicial, que também não foi cumprido. “Precisamos mesmo debater mais profundamente o que é, de fato, a valorização dos professores idealizada pelo governo municipal e de que forma a categoria vem sendo tratada pela Prefeitura”, finalizou.

Fonte: Ascom/APPI

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