Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres com segurança, defender vidas e não deixar de dar o recado para a sociedade e para os governantes, as mulheres da CUT vão participar de dois atos virtuais nacionais nos próximos dias 7 e 9, domingo e terça-feira, respectivamente.
Para fortalecer a luta feminista e da mulher trabalhadora, as sindicalistas da CUT nos estados também estão se organizando para protestar durante todo o mês de março. No dia 8 também tem atos marcados em Brasília, Maranhão, Rio de Janeiro e Ceará.
Sobre o dia 7
No domingo, dia 7, as mulheres CUTistas estarão na abertura da Jornada Nacional Feminista construída pela Central e mais de 80 organizações sociais e feministas, em formato de ato político para exigir “fora, Bolsonaro!”, vacina para toda a população, auxílio emergencial já e pelo fim das violências contra as mulheres.
A jornada começa às 13h deste domingo e será transmitida nas redes sociais da CUT e de outras entidades que estão na construção da mobilização. “Neste 8 de março, a principal luta é pela vida, não há luta mais importante do que a luta pela vida. E para lutar pela vida precisamos reivindicar vacina para todos e todas e o auxílio.
Só que não podemos mais conviver com um assassino. Sim, Bolsonaro é um assassino! Mais de 260 mil mortos e nenhuma atitude dele para defender vidas e muito menos por nossos direitos e por igualdade. Para nós, é ‘fora Bolsonaro já’, disse, em vídeo que será transmitido no ato do dia 7, a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro.
Para a Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, as mulheres são as mais impactadas com o “desgoverno do genocida do Bolsonaro”, principalmente as negras, as que mais perderam o emprego.
“Precisamos dar um basta nesta situação. Não podemos permitir o que tem acontecido no país, com retirada de direitos, postos de trabalho e das nossas riquezas que ele quer vender a qualquer preço. Nós mulheres vamos ocupar as redes sociais e alguns locais com atos políticos e simbólicos, tudo com proteção. Neste ato, a luta é pela vida e as mulheres estão unidas para isso”, afirmou.
Bernadete Monteiro , da Coordenação Nacional da Marcha Mundial das Mulheres, disse que no dia 7 o ato virtual terá a presença das representações de mais de 80 entidades e que durará em torno de 5 horas.
“Além das intervenções culturais que vão acontecer durante o ato, terão intervenções das mulheres das organizações que ajudaram a construir o ato”, afirmou.
Todos poderão acompanhar a live, a partir das 13h, no Facebook da CUT
Sobre o dia 9
“Em meio aos retrocessos sociais, econômicos, políticos e sanitários que assolam o país, as mulheres, em especial, as negras, são as mais atingidas. O desemprego causado pela pandemia trouxe marcas mais profundas para as mulheres e população negra e periférica, que historicamente sempre teve menos acesso aos postos de saúde, ao saneamento, às moradias dignas e às oportunidades de emprego. Com a chegada da Covid-19 essa desigualdade ficou mais acentuada”, diz trecho do Manifesto Em Defesa Da Vida, do Sus, do Auxilio Emergencial, Contra A Violência!! Vacina Para Todas E Todos, Já!!! Fora Bolsonaro!!, que será lido na live.
A mobilização das sindicalistas terá a participação de três especialistas e também vai ter interação com o público, com perguntas ou comentários.
A economista, doutora em desenvolvimento econômico, pesquisadora e assessora sindical na área de trabalho e gênero, Marilane Teixeira, explicou que sua participação no ato das mulheres trabalhadoras tem como objetivo tentar compreender a persistência das diferenças salariais, da segregação, do que é trabalho feminino ou não, as elevadas taxas de desemprego entre as mulheres pretas e pobres. E abordar também o tema da Informalidade e precariedade e sobre o grande número de mulheres fora do mercado de trabalho.
Para ela, é preciso discutir esses temas a partir de uma perspectiva de como se articula duas dimensões importantes do capitalismo, que são a produção econômica e a reprodução social. Segundo ela, a produção econômica é a que se opera no mercado, bens e serviços e remunera. E a reprodução social, que é o cuidado que é mais designado às mulheres e muito menos valorizado.
“Nesta interação que se articula é que estão as desigualdades, as relações de opressão e de violência contra as mulheres. A discussão em relação da reprodução social e cuidados têm grande relevância no contexto atual de aprofundamento do neoliberalismo, políticas de austeridades e de crise”, explicou Marilane.
O ato político das mulheres da CUT e das Centrais também poderá ser assistido, a partir das 16h, no Facebook da CUT.
Atos nos Estados
Os atos das mulheres da CUT nos estados acontecerão no dia 8 de março.
O mês feminista em Brasília começou ainda em fevereiro e vai acabar só no dia 30 de março. As sindicalistas da CUT no DF estão organizando para o dia 8 a live SINPRO DF “Roda de conversa sobre o assédio nas escolas” com educadoras e a artista de Casa de Concessa. A atividade será transmitida nas redes da CUT-DF e SINPRO, das 16h às 18h.
No Ceará, as sindicalistas vão fazer um ato simbólico no terminal Porangaba, em Fortaleza, a partir das 6:30 da manhã. Vai ter ação das mulheres também no Maracanaú e Região metropolitana. Vários municípios ainda estão se organizando.
Em Minas, vai ter uma live com uma promotora, uma delegada e uma juíza para falar sobre a violência contra mulher. Outras atividades estão sendo organizadas para o mês de março para contemplar todas as pautas da CUT.
Já no Rio de Janeiro, tem uma agenda de protestos marcados para o mês de março, que vai do dia 7, com carreata, lançamento do manifesto e participação na live nacional, até o dia 14, dia em que se lembra os 3 anos de morte de Marielle e terá protestos por justiça.
No Maranhão, também terá atividade no dia 8, mas a programação acontece desde o dia 3 e termina no dia 14, como a gente pode ver na programação abaixo.
Fonte: https://www.cut.org.br/
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