O retorno às aulas, neste momento, amplia os riscos de contaminação pelo Covid-19. É o que revela nota técnica do DIEESE divulgada esta semana. De acordo com o documento, o Brasil tem 35,6 milhões de matrículas na Educação Básica, com alunos de até 17 anos, segundo o Censo Escolar de 2019. Isso significa que os riscos da reabertura envolvem diretamente não apenas os estudantes, mas as famílias, professores e funcionários das escolas. Diante deste contexto, no qual o número de mortes pela COVID-19 já chega a quase 88 mil e atenta às discussões e pressões acerca do retorno às aulas presenciais, foi criada a Frente da Educação em Defesa da Vida.
Na segunda-feira (27/07), foi realizado o primeiro encontro
de forma remota para um debate e contou com a presença massiva de diversos
representantes de entidades ligadas à Educação.
A Frente da Educação em Defesa da Vida organizada para
debater os riscos de um eventual retorno às aulas durante o período de pandemia
é composta pela APLB-SINDICATO, ASSUFBA, APUB, SINASEFE, SINPRO-BA, ADUNEB E
CTB.
A pauta principal do encontro remoto foi a discussão sobre os
riscos de um possível retorno às aulas presenciais neste momento. A reunião
contou com a presença de representantes do Fórum Estadual de Educação, ABES,
UNE, UBES, ASSUFBA, CTB, CUT, do Ministério Público, do Conselho estadual de
Educação, das Comissões de Educação da Câmara Municipal e da Assembleia
Legislativa da Bahia, SINPRO, CONTEE, SINASEF, entre outros.
Para o coordenador-geral da APLB-Sindicato, o professor Rui
Oliveira, esse primeiro debate foi muito promissor e fortaleceu o movimento.
“Foi muito boa a participação das Comissões de Educação da Câmara e da
Assembleia Legislativa assim como das outras entidades. O diálogo conjunto só
tem a nos fortalecer.
E a situação pede urgência neste contexto. Desde o início, o
governo do Brasil tem agido em oposição ao resto do mundo no combate ao
Coronavírus, com ações contraditórias, se esquivando da verdadeira dimensão do
problema e, de forma criminosa, atua como inimigo do povo. Com a Frente em
Defesa da Vida, buscamos vencer o Coronavírus e Bolsonaro também”, destaca Rui
Oliveira.
Para o diretor Jurídico da APLB, Weslen Moreira, que também
participou deste primeiro debate, o encontro foi excelente e consolidou a criação
da Frente de Educação Em Defesa da Vida. “Foi muito positivo e articulado.
Reafirmamos a nossa certeza de que o importante agora é preservar a vida e
ficarmos atentos aos protocolos internacionais para um eventual retorno”,
pontuou Weslen. Ele ainda acrescenta que no encontro foi aprovado o
fortalecimento de uma campanha de mobilização e diálogo com a sociedade, além
de reforçar a Frente de Educação Em Defesa da Vida através do uso das hashtags
#educacaopelavida somada com uma outra, #quemamacuida, essa última já
amplamente divulgada pela APLB-Sindicato em campanha nas redes sociais.
Encaminhamentos
Entre as resoluções discutidas no encontro foram confirmados
alguns encaminhamentos. Entre eles, a realização de um seminário estadual,
dentro de 15 dias, com a presença em corporação do Ministério Público e outras
entidades. Neste mesmo dia deverá ser lançado um Manifesto Ampliado da Educação
Em Defesa da Vida.
Outro encaminhamento já aprovado foi a construção de um
grande seminário remoto, provavelmente pelo Canal YouTube, com a presença de
diversas personalidades, inclusive um representante da área médica, um
infectologista ou da Fiocruz.
Fonte: https://www.aplbsindicato.org.br
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