As cestas básicas distribuídas mensalmente pela APPI/APLB, em Ilhéus, com apoio do Sindiguardas, para garantir o sustento de dezenas de famílias de servidores públicos municipais - que após 30 anos de serviço público, foram afastados pelo prefeito Mário Alexandre sem nenhum pagamento de direitos trabalhistas - vão ganhar este mês um importante reforço. Produtos oriundos da agricultura familiar da Bahia foram doados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) que executa, em todo o país, o Plano Emergencial da Reforma Agrária.
Os produtos foram entregues neste sábado (13), na sede do sindicato, e vão compor as cestas previstas para serem distribuídas no decorrer da semana. Desde o afastamento dos servidores, a APPI vem se responsabilizando pela ação, apesar de a maior parte dos servidores beneficiados não ser, sequer, filiada à entidade.
De
acordo com o MST, o Plano Emergencial da Reforma Agrária lista medidas de
proteção e produção para garantir condições de vida digna para a população do
campo.
Também
procura amenizar os efeitos da crise enfrentada pelo país por causa da política
econômica do governo de Jair Bolsonaro, agravada pela pandemia da Covid-19. O
movimento busca a realização da Reforma Agrária Popular pressionando os
governos estaduais, o Judiciário e as esferas da sociedade civil onde há
diálogo.
“Para
nós, do MST, é gratificante dar essa resposta à sociedade; onde temos terra ocupada,
o resultado dessa luta é nosso mas, também, de todo o povo brasileiro. Poder
contribuir com as famílias que se encontram com dificuldades por conta dessa
pandemia é gratificante, compreendendo a importância da vida”, revela a Dirigente
Regional do MST no Sul da Bahia, Edna Porto.
Ela
também explica que a luta do MST é por igualdade social, por liberdade de
expressão e pela atenção às pautas das minorias que são discriminadas no capitalismo.
E o plano emergencial da Reforma Agrária Popular é uma forma de resistência.
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