Advogado refuta afirmações do prefeito de Ilhéus para justificar a demissão injusta de servidores


Foto:Divulgação

Na opinião do advogado Iruman Contreiras, a omissão de 111 contratos temporários do Decreto nº 128/2018, baixado pelo prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, que afastou os servidores admitidos na Prefeitura antes de outubro de 1988 e deveria extinguir os contratados do Processo Seletivo do Edital 002/2017 da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), deu provas que a dispensa do pessoal anterior a 88 não é para cumprir ordem judicial, mas representa a vontade própria e para esconder a má gestão que levou ao atraso salarial.

“Se fosse para cumprir a ordem judicial não se arriscaria a manter esses contratos irregulares da SDS. Esta ação do prefeito e do secretário de Administração, Bento Lima, e do procurador geral Jefferson Domingues, reforça a suspeita de que se valem da ação popular e de um juiz equivocado para suprimir direitos de trabalhadores legalmente admitidos e que não lhe prestam continência. Querem as vagas desses servidores”, argumenta o advogado, que assiste à APPI/APLB.

O advogado sindical reforça as contradições do prefeito Mário Alexandre ao desmentir declarações feitas em informe jornalístico emitido pela Secretaria de Comunicação (Secom), através do qual afirma “a herança deixada por gestões anteriores, numa sequência de erros administrativos e jurídicos lesou os cofres públicos e produziu distorções salariais.”

Para o advogado Iruman Contreiras, o prefeito esqueceu que foi eleito vice-prefeito na gestão do então prefeito Newton Lima e sabia de todos esses problemas do Município, principalmente os de ordem financeira. “Em realidade, não existem distorções salariais. A atual remuneração foi conquistada por ordem judicial que mandou cumprir o Plano de Cargos e Salários e conceder as promoções suprimidas por mais de 20 anos de contrato dos trabalhadores”.

De acordo com o presidente da APPI/APLB, Osman Nogueira, a pretensão do prefeito Mário Alexandre é desviar a atenção da opinião pública para os graves problemas que existem na sua gestão. Dentre elas, o caos na saúde, preço exorbitante da passagem do transporte público, ônibus velhos rodando, o não cumprimento no pagamento com a empresa que faz a coleta diária do lixo domiciliar, comercial e hospitalar, abandono nas estradas da zona rural, unidades escolares sem condições de iniciar o ano letivo, além dos morros sem nenhuma infraestrutura.”


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