Os trabalhadores em educação da rede
municipal de Ilhéus estarão realizando uma nova assembleia nesta sexta-feira,
dia 20, às 15h30min, no auditório do Centro Estadual de Educação Profissional,
antigo Colégio Estadual de Ilhéus, para discutir, dentre outros assuntos, a
campanha salarial 2014 e a denúncia do crime de assédio moral praticado pelo
prefeito Jabes Ribeiro. A categoria aguarda que ainda essa semana o governo
municipal apresente uma proposta de negociação com os trabalhadores.
A presidente da APPI/APLB-Sindicato,
Delegacia Sindical Costa do Cacau, Enilda Mendonça, informou que a data base da categoria é janeiro de
2014 e a pauta da campanha salarial, aprovada por unanimidade pelos
trabalhadores em educação, foi protocolada na Prefeitura de Ilhéus em dezembro
do ano passado, mas até o momento o governo municipal não assinou o acordo. No
ano passado os trabalhadores em educação realizaram uma greve de mais de 80
dias e como o governo municipal insistiu em não conceder a reposição salarial,
os sindicatos decidiram ingressar na justiça para cobrar seus direitos. Em sua
decisão, a juíza da Vara do Trabalho deu ganho de causa aos trabalhadores, mas
o prefeito se recusa a atender à determinação judicial.
Já com relação ao crime de assédio moral, o prefeito
de Ilhéus, Jabes Ribeiro, teria usado o Seminário Interno de Educação Infantil,
realizado na semana passada, na Faculdade de Ilhéus, para intimidar e ameaçar
os trabalhadores de demissões. De acordo com a direção do sindicato, o seminário
interno teria inicialmente o objetivo de discutir as novas diretrizes
curriculares nacionais da educação infantil e sua materialização na organização
do trabalho pedagógico, mas o prefeito se utilizou da ocasião para ameaçar os
trabalhadores.
Em seu discurso, Jabes Ribeiro teria afirmado
que iria demitir centenas de trabalhadores. De acordo com a APPI, as ameaças
feitas pelo prefeito se configuram como prova concreta de assédio moral contra
os trabalhadores e já estão sendo tomadas as medidas jurídicas cabíveis para
que ele responda por mais esse crime. A APPI reafirma que as reivindicações
feitas pelos trabalhadores são justas e legais, tanto que a juíza titular da 1ª
Vara do Trabalho de Ilhéus, Alice Catarina Pires, julgou procedente a ação
movida pela APP/APLB-Sindicato e determinou ao município o pagamento do piso
nacional do magistério e também o reajuste anual dos demais trabalhadores em
educação.
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