Ilheenses foram às ruas em sinal de protesto contra o governo municipal

Um movimento pacífico, ordeiro e cidadão em defesa dos direitos do povo brasileiro e na luta por uma cidade melhor e um governo mais democrático e transparente. Esse foi o objetivo do ato público realizado na tarde desta sexta-feira (30) pelas ruas de Ilhéus, em adesão ao Dia Nacional de Paralisação, ocorrido em todo o Brasil. Com faixas, cartazes e palavras de ordens, trabalhadores, estudantes e a comunidade em geral ocuparam as ruas de Ilhéus em sinal de protesto contra a demora do prefeito Jabes Ribeiro em assinar o acordo de campanha salarial e também por se negar a discutir a redução no preço da tarifa dos transportes coletivos.

Em greve a mais de 40 dias, sem que até agora o governo municipal tenha apresentado uma proposta concreta para a assinatura do acordo de campanha salarial, os servidores públicos de Ilhéus decidiram ir mais uma vez às ruas da cidade para denunciar que a paralisação é por culpa do prefeito, que se recusa a negociar com as categorias. A proposta do movimento foi mostrar à sociedade civil organizada e à comunidade de um modo geral a verdadeira situação do município e a necessidade do fechamento do acordo de campanha salarial para o retorno dos trabalhadores às suas atividades e assim possa buscar, junto com o governo municipal, alternativas para retirar Ilhéus do caos em que se encontra.

Os servidores fazem questão de colocar que não foi a greve que acabou provocando os problemas na cidade, reafirmando que antes mesmo da paralisação os postos de saúde já estavam fechados, as escolas estavam sem funcionar desde o início do ano, a merenda escolar ainda não foi distribuída e a cidade estava escura e abandonada. Há ainda a possibilidade de muitos ilheenses perderem o benefício do Programa Bolsa Família. Os servidores afirmam que já fizeram tudo que era possível para fechar o acordo, decidindo não reivindicar qualquer aumento salarial, mas sim a revisão das perdas com base na inflação, como determina a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Já os integrantes do coletivo Reúne Ilhéus protestaram contra a decisão do prefeito de fugir das discussões pela redução na tarifa dos transportes coletivos. Os membros do movimento também denunciaram a postura subserviente dos vereadores da bancada de situação que, na tentativa de proteger o prefeito, arquivaram o pedido de criação de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar indícios de irregularidades no sistema de transporte coletivo da cidade. Na avaliação os estudantes, os vereadores de situação prestaram um desserviço à cidade, esquecendo que se elegeram para representar o povo de Ilhéus e não para esconder as possíveis mazelas e irregularidades do prefeito Jabes Ribeiro.

O movimento saiu da praça J.J.Seabra, passando pela avenida Itabuna, seguindo para a praça do Tamarineiro, no bairro em Malhado. Além das questões locais, os integrantes do movimento também debateram problemas nacionais, a exemplo da exclusão do Projeto de Lei 4.330, que trata da terceirização, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a extinção do Fator Previdenciário.
 








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