PRESIDENTA DA APPI, ENILDA MENDONÇA VAI A IMPRENSA PARA FALAR DA REDUÇÃO SALARIAL DOS PROFESSORES

Segundo a presidente da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI), Enilda Mendonça, o corte chegou a R$ 320,84. A redução nos salários consta no contracheque de setembro, anunciado pela secretária de Educação Lidiney Campos (foto).
Enilda diz que a categoria foi pega de surpresa pela medida do governo municipal e que a redução foi um baque para todos os professores, na maioria graduados ou que estão fazendo graduação.
“Consideramos uma atitude radical da prefeitura. Brigamos pela valorização do profissional em educação e o município quer colocar o professor em sala de aula num trabalho escravo”.
Ela entende que não dá para diferenciar quem é contratado, selecionado e efetivo. “Sabemos que quem não é efetivo não tem acesso a alguns benefícios, como planos de cargos e salários. Por isso, a vida dessas pessoas torna-se ainda mais difícil”.
A sindicalista defende que o servidor, que está na sala de aula, trabalhando até a 4ª série primária, ficando tempo integral na escola, tenha direito a receber os 20% como atividade complementar. Esse percentual foi cortado sem aviso.
Mesma carga
Segundo Enilda Mendonça, apesar dos selecionados e contratados não serem efetivos, eles realizam as mesmas atividades com carga horária igual à dos concursados. “Se não é para receber o complemento, também não deve realizar o trabalho extra”.
Os professores ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado na próxima semana. Na terça-feira, 5, às 14h, será realizada uma assembléia para discutir a paralisação no auditório do Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne (IME), no centro.
A sindicalista reclama que “não houve o mínimo de consideração pelos trabalhadores”. Ela conta que no dia 23 de setembro o sindicato protocolou ofícios ao prefeito Newton Lima; e ao secretário de Governo, Alcides Kruschewsky.
Cópias foram enviadas para o Procurador Geral do Município, Luís Carlos Nascimento, e à Secretária de Educação, Lidiney Ferreira Campos. Os professores não obtiveram nenhuma resposta, sabendo do corte de salário ao acessar o contracheque.
“Queremos a devolução imediata dos valores que foram tiradas da folha, pois os professores não podem ficam no prejuízo”.

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