12/09/08 - Cadeirantes reivindicam
seus direitos em frente ao MP.
De acordo com a comandante do protesto, Maria Francisca de Brito, o elevador do Transporte Cidadão, responsável pelo deslocamento de cadeiras da parte externa para a parte interna do ônibus, quebrou. Por 34 dias os usuários do transporte efetuaram reclamação, mas o conserto só aconteceu quando se falou a respeito da manifestação que ocorreria hoje.
Maria Francisca enfatizou ainda que só existem dois ônibus, em toda cidade, que realiza esse tipo de serviço, um que serve para a zona sul de Ilhéus e o outro para a zona norte, contudo, a quantidade não é necessária. A comandante do protesto diz ainda, que o estado do ônibus é lastimável e, concordando com suas palavras, o cadeirante Marcos Antônio Jesus afirmou que na semana passada o ônibus quase pegou fogo e todos precisaram ser retirados as pressas. Ele diz que acha tudo isso uma falta de respeito e que quer ter o direito de transitar livremente como qualquer outro cidadão.
Outro cadeirante, Paulo Sérgio Costa Santos, diz que as empresas só tomam algum tipo de providência quando a impressa divulga os fatos e que o desrespeito é muito grande, pois até mesmo a população que deveria ajudar, comete irregularidades como estacionar nas rampas por onde as cadeiras passam. Em relação ao núcleo de atendimento (NAE), o cadeirante Antônio Carlos Soares diz que apesar do serviço ser muito bom, a infra-estrutura do local é de péssima qualidade. Para utilizar o banheiro é preciso que alguém segure a porta, já que essa se encontra quebrada e até o aparelho de medir pressão está em falta.
Os cadeirantes exigem que as empresas de ônibus ampliem a quantidade de “Transporte Cidadão” e adequem uma parte dos coletivos normais para deficientes físicos e cadeirantes. Para isso, eles entrarão com ação no Ministério Público, com o intuito de que o resultado seja mais rápido e preciso.
Fonte: O Tabuleiro
Foto: Adeilton Souza
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