Sindicatos de 5 países querem apóio de seus governos ao Brasil.

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Sindicatos de 5 países querem apóio de seus governos ao Brasil.
A notícia abaixo é uma das mais interessantes coisas que eu li ultimamente. A disputa entre os países em desenvolvimento e as potências
no hemisfério norte começa a mobilizar e posicionar os representantes dos trabalhadores na América Latina. Os governos do Chile e Peru tentam
fragmentar a coesão conquistada pelo Brasil, Índia, África do Sul e outros do G20, mas não contam com apoio de seus trabalhadores. É um fato marcante que a classe trabalhadora se organize para pressionar seus governos na direção de uma coesão desenvolvimentista. Acho até que as centrais sindicais deveriam criar um fórum internacional paralelo à cada rodada de negocição da pauta de "Doha" para deixar claro o seu apoio e criar um fato político marcante. Se não fizer a turma do Bové vai fazer seu barulho lá para manter os injustos subsídios europeus. Acho que o governo brasileiro precisará de apoios institucionais de toda natureza, sobretudo dos trabalhadores, pois claramente os europeus e americanos identificam o Brasil como o líder nas negociações em curso. /Almir Américo/ *

Pedido é dos trabalhadores do Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru e México

*/Por Jamil Chade/ GENEBRA - Sindicatos de trabalhadores do Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru e México pedem que seus governos se unam ao Brasil nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esses países propuseram há duas semanas uma abertura dos mercados dos países emergentes para produtos industrializados que ia além do que o Brasil estava disposto a oferecer. A iniciativa foi considerada como um racha e uma demonstração da fragilidade da união entre os países em desenvolvimento da América Latina. O chanceler Celso Amorim chegou a ligar para as autoridades chilenas para tentar uma reaproximação. Agora, são os sindicatos de trabalhadores desses governos que decidem pedir que o grupo faça uma revisão de suas posições, alertando que a abertura proposta traria conseqüências "preocupantes". A proposta sugere que as tarifas de importação para bens industriais sejam reduzidas dos atuais 33,6% para 12,5%. "Não podemos apoiar essa proposta", afirmam os sindicatos em uma carta enviada aos governos. Já a proposta do Brasil, apoiada pela Argentina, África do Sul, Venezuela, Índia e outros governos, indica que o corte máximo que poderiam aceitar seria de 50% nas tarifas. Tanto os Estados Unidos como os europeus se recusaram a
negociar diante das bases da proposta do Brasil e o fracasso nas negociações da conferência de Potsdam, no mês passado, ocorreu em parte por causa dessas diferenças. Já as idéias de Peru, Chile e dos demais países latino-americanos foram consideradas como "positivas" pelos
americanos e europeus. *

Divergências
*Mas os sindicatos dos trabalhadores têm outra opinião. *"Não é o momento adequado de se apresentar propostas que sejam satisfatórias para os interesses dos Estados Unidos e Europa"*, diz a carta, assinada pela Central única do Trabalhadores do Chile, Confederação dos Trabalhadores da Colômbia e outras cinco entidades. Tanto Washington como Bruxelas estimam que somente poderiam apresentar propostas amplas de
liberalização do setor agrícola quando forem retribuídos com a abertura dos mercados emergentes. Para os sindicatos latino-americanos, porém, essa lógica não deve prevalecer:>br>* "O acesso aos mercados agrícolas não deveriam ser obtidos em troca de uma desindustrialização ou de compromissos que impeçam os países a se industrializar"*, afirmam.
Enviada por Almir Américo, às 08:59 11/07/2007, de São Paulo, SP

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