Atos confirmam rejeição a Bolsonaro

 

Foto: VERA PAOLONI (Manifestação em Belém / Pará)


Nas ruas de mais de 220 cidades em todo o Brasil, neste 7 de setembro a sociedade brasileira confirma o que dizem os principais institutos de pesquisa sobre a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) e seu governo. A maioria dos brasileiros considera o governo Bolsonaro ruim ou péssima.

Pesquisa Datafolha de junho mostrou que 75% dos brasileiros defendem a democracia contra 10% que defendem a ditadura.

E, para completar, todas as últimas pesquisas sobre a intenção de voto para presidente em 2022 apontam derrota acachapante – em todos os cenários – de Bolsonaro e, indicam vitória do ex-presidente Lula.

Neste 7 de setembro, mais do que comprovar essa rejeição, o povo brasileiro está nas ruas por um basta ao autoritarismo de Bolsonaro, um basta aos seus desmandos, ao projeto de destruição da democracia. É uma batalha árdua que vem sendo travada desde o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff e que agora, com o endurecimento de Bolsonaro em sua jornada para se perpetuar no poder, se intensifica.

A mobilização deste 7 de setembro é a quinta este ano e inclui o 27º Grito dos Excluídos, movimento que teve origem em 1994 e que representa a luta dos mais vulneráveis por justiça social. Somados, todos os protestos já levaram milhões de pessoas às ruas para exigir o fim do governo de Bolsonaro.

Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, os atos organizados pela CUT, centrais sindicais e movimentos populares que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, já davam visibilidade às pautas mais urgentes para a sociedade.

As bandeiras de luta são o fim do genocídio da população pela fata de enfretamento à pandemia que já matou quase 600 mil pessoas no país; por vacina já; por mais empregos e renda; contra a carestia, em especial os altos preços de alimentos e combustíveis, fatores que têm penalizado de forma severa os mais pobres. Mas, sobretudo a luta é em defesa da liberdade e pela democracia, que vem sendo duramente atacada por Jair Bolsonaro, que chegou a organizar atos em seu favor neste que é o Dia da Independência do Brasil, em claro sinal de que pretende dar um golpe e se perpetuar no poder.

Em Brasília, uma multidão já ocupava as proximidades da Torre de TV, logo pela manhã em ato organizado pela CUT, centrais e movimentos populares, que além das lideranças, teve a participação de parlamentares de oposição.

Não apenas em capitais. Em cidades do interior dos estados, também foram realizados atos nesta manhã. Veja abaixo alguns dos atos realizados na manhã desta terça-feira:


Alagoas

Em Maceió, os altos preços da gasolina e dos alimentos ilustraram faixas e cartazes. “Bolsocaro”, termo que expressa o sentimento de indignação dos brasileiros em relação ao governo e sua política econômica.

 

Bahia

Em Salvador o 27° Grito dos Excluídos saiu do Largo Campo Grande com movimentos e pastorais sociais na rua na defesa da vida.

 

Ceará

Em Caucaia, a concentração reuniu dezenas de pessoas na Praça do Capuan.

 

Goiás

Em Goiânia, o protesto levou a mensagem de brasileiras e brasileiros. ”Com fome, sem casa”, mostra uma manifestante.

 

Maranhão

Em São Luís, ato foi realizado pela Brigadas de Ações Simbólicas do MST na Ponte do Itaqui/ Bacanga.

Em Timon, a 430 km da capital São Luis, a luta pela terra também foi levada às ruas.

 

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, uma longa faixa “Fora Bolsonaro” foi colocada na Avenida. “A luta é pelo direito a vida e não haverá vida digna sem o povo nas ruas e nas redes”, dizem os organizadores do ato.

 

Pará

Houve protesto pelas ruas de Belém contra o governo de Bolsonaro. Cruzes e cartazes ilustraram o 27° Grito dos Excluídos que teve concentração no Largo do Redondo.

 

Paraíba

Em João Pessoa, a manifestação começou por volta das 9h na Praça das Muriçocas.

 

Paraná

Em Curitiba, Petroleiros também se reuniram em ato contra governo na manhã desta terça-feira.

 

Pernambuco

Na capital Recife, sob um calor de 30º, a movimentação começou logo cedo, às 10h, na Praça do Derby. A caminhada seguiu em direção Ao Pátio do Carmo. O presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, estimou em 50 mil pessoas o número de participantes no #GritoDosExcluídos e #ForaBolsonaro, realizado na avenida Conde da Boa Vista.

 

Piauí

Em Teresina, o ato começou às 8h em frente à Assembleia Legislativa.

Na cidade de Picos, no interior do estado, a manifestação começou logo cedo, às 7h30, na Praça Félix Pacheco. Houve ato ecumênico para abençoar as mais de 8,5 toneladas de alimentos da agricultura camponesa doados para famílias de 16 bairros da cidade.

 

Rio de Janeiro

Na capital fluminense, o ato principal começou às 9h na Avenida Presidente Vargas.

 

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, a chuva não impediu o Grito dos Excluídos e das Excluídas e o ato "Fora Bolsonaro". As manifestações ocorreram debaixo do viaduto da Avenida João Pessoa.

 

São Paulo

Na capital paulista, o ato principal foi marcado para às 14h, no Vale do Anhangabaú. Mas, ainda pela manhã, uma ação solidária tomou conta da Praça da Sé.

Em Mogi das Cruzes, região do Alto Tietê, a CUT levou às ruas o simbolismo da tragédia provocada pelo governo Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. Com cruzes e faixas, os movimentos populares homenagearam os mortos pela Covid-19 e avisaram: “não queremos falsa independência, queremos poder popular”, em referência à defesa da democracia. Houve Celebração eucarística na Catedral Sant'ana e na sequência caminhada até o Largo do Rosário onde militantes dos partidos, sindicatos e movimentos sociais realizaram o ato deste #7SForaBolsonaro

Em Araraquara, a CUT também organizou um ato #ForaBolsonaro com a participação de sindicatos. Servidores públicos e professores marcaram presença.

Em Bauru (SP), o ato começou às 9h30, em frente à Câmara Municipal da cidade.

Em Campinas, a manifestação reuniu sindicatos da base cutista e partidos políticos.

 

Redes sociais

Nas redes sociais a mobilização também começou logo nas primeiras horas, com postagem utilizando a Hashtag #7SForaBoslsonaro. No Twitter, o popular “tuitaço”, ação que concetram o maior número possível de postagens em um determinado espaço de tempo, serviu como vitrine para a denúncia dos ataques à democracia, e contra as atrocidades autoritárias de Bolsonaro. Até no exterior, houve manifestação de resistência em relação ao governo brasileiro.

Tanto no Twitter como no Facebook, além de milhares de brasileiros, personalidades do mio político também manifestaram apoio à luta contra o governo fascista de Bolsonaro.

(CUT, André Accarini, 07/09/2021)

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