ARTIGO - Do anonimato à luta para reconstruir o Brasil



*Por Josimar Ferreira


Falar do espaço escolar como ambiente de transformação social também é reconhecer os diversos personagens presentes no cotidiano da escola que, muitas vezes, ficam no anonimato por meio de uma cultura que se criou na sociedade, atribuindo a determinadas categorias uma condição de subalternidade. 

Hoje, 16 de maio, é o Dia Mundial do Funcionário e Funcionária da Educação, criado em 2018 pela Internacional de Educação (IE), com o objetivo de incentivar a luta sindical também em prol destes profissionais. Uma categoria formada por merendeiras, merendeiros, bibliotecárias, bibliotecários, técnicas e técnicos de laboratório, secretárias e secretários escolares, auxiliares e agentes administrativos, auxiliares de serviços gerais, de apoio e vigilância, essenciais para o pleno funcionamento da escola.

Esse lugar singular também é feito por homens e mulheres que, mesmo fora da sala de aula, contribuem diariamente no desenvolvimento da educação para a cidadania. É necessário compreender, nesse cenário de intensos ataques aos direitos da classe trabalhadora, da desvalorização da vida e do serviço público, que precisamos unir forças. Não é nos dividindo que vamos atravessar essa quadra difícil da história, mas somando as nossas singularidades e diferentes formas de pensamento podemos transformar o Brasil em uma nação soberana capaz de promover a paz, os direitos sociais e trabalhistas, a qualidade de vida e o bem-estar do seu povo.

Nessa data tão simbólica para nós, temos a oportunidade de iniciar um diálogo fraterno e assertivo com toda a comunidade escolar, utilizando da tecnologia e de todas ferramentas hoje disponíveis, assim como da nossa consciência de classe, para que, juntos e  juntas, possamos virar essa maré que tem levado o nosso país ao fracasso. É verdade que a pandemia tem acelerado o agravamento do desemprego, da insegurança alimentar e do aumento no número de pessoas em situação de rua.

Entretanto, não se pode deixar de reconhecer que o negacionismo e a falta de solidariedade empurram o Brasil rapidamente para triste marca de 500 mil mortes por coronavírus (COVID-19), pois ainda falta responsabilidade com a vacinação de toda população e apoio às famílias em vulnerabilidade, com um auxílio emergencial digno. 

Somos uma categoria de formadores e formadoras de opinião. Não podemos nos furtar ao debate, por isso, precisamos nos fortalecer e reconectar a quem sonha com um país mais justo e igualitário para superar essa crise. 

Te convido a lutar! 


*Josimar Ferreira é funcionário da Educação Pública municipal em Ilhéus e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Bahia, na Delegacia Sindical Costa do Cacau.

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