A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lança nesta quarta-feira (25) a campanha que dá início aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres - movimento internacional que ocorre anualmente de 25 de novembro a 10 de dezembro. Neste dia 25 é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e a CNTE reforça em suas peças de divulgação a mensagem: "A educação não tolera a violência contra a mulher".
A Organização das Nações Unidas
alerta que neste ano de 2020, com as restrições mundiais impostas pela pandemia
do novo coronavírus, nenhum país fica à margem da explosão colateral de
agressões machistas e o fenômeno da violência contra a mulher se agravou em
todo o mundo. No Brasil, desde que a pandemia de coronavírus começou, 497
mulheres perderam suas vidas. O dado faz parte do projeto Um Vírus e Duas
Guerras, realizado por parceria entre sete veículos de jornalismo independente.
De acordo com esse levantamento, o país registrou um feminicídio a cada nove
horas entre março e agosto, com uma média de três mortes por dia. São Paulo,
com 79 casos, Minas Gerais, com 64, e Bahia, com 49, foram os estados que
registraram maior número absoluto de casos no período. No total, os estados que
fazem parte do levantamento registraram redução de 6% no número de casos em
comparação com o mesmo período do ano passado. O projeto Um Vírus e Duas
Guerras também aponta subnotificação pois confinadas com companheiros, mulheres
não conseguem denunciar agressões.
Diante deste quadro, a educação
tem um papel fundamental no combate ao feminicídio na formação de cidadãos e
cidadãs dentro das escolas. A CNTE promove um trabalho permanente em defesa da
vida das mulheres em todos os espaços em que atua. Entre as iniciativas
adotadas, a CNTE mantém o site Saber Amar é saber respeitar, com conteúdos
voltados para professores/as que querem trabalhar questões de gênero na sala de
aula, e publica ações nas redes sociais estimulando o debate sobre a
erradicação da violência contra a mulher.
Acesse AQUI para pegar os
materiais da campanha deste ano, em diversos formatos para facebook, instagram, whats
app e twitter.
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