A APPI/APLB Sindicato vem reiterar ser contra a medida adotada pelo
prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, ao reduzir 50% do salário dos professores
contratados.
A Secretaria de
Educação, por meio da rede social, fez uma live para comunicar a redução
salarial usando o discurso de ACOLHIMENTO, de PREOCUPAÇÃO do governo e afirmou
que não restou alternativa ao governo, frente à queda “de mais de 70% dos
recursos financeiros”, quando questionada sobre os recursos do FUNDEB.
Infelizmente, mais
uma vez, assistimos o governo do prefeito Mário Alexandre não falar a verdade
para justificar a redução salarial.
Analisando o site https://www42.bb.com.br/, onde é possível ter acesso à distribuição de
arrecadação municipal, foram encontrados os dados abaixo:
Não foi a queda da arrecadação do FUNDEB que levou o prefeito a tomar a
decisão da redução salarial. Também não foi confirmada a queda de mais de 70%
da receita do FUNDEB, como foi afirmado pelo governo do prefeito Mario
Alexandre. A decisão foi política.
Da mesma forma, foi uma decisão política o afastamento de 268
funcionários da folha de pagamento que entraram entre 1983 a 1988 e estão há
1 ano e 5 meses sem salário, sobrevivendo de doação de cestas básicas.
A APPI/APLB, Sindicato representativo dos trabalhadores em educação,
está aguardando reunião com o governo municipal para discutir a situação destes
trabalhadores. A reunião agendada para o dia 30/04, não ocorreu.
Diante da pandemia,
enfrentada por toda a população, o prefeito de Ilhéus fez a opção por reduzir
salário de cerca de 500 professores contratados. Uma parte destes professores -
que terão que repor as aulas de todo esse período para garantir o cumprimento
do ano letivo - terá que sobreviver com um salário menor que R$ 700,00/mês.
Fica a pergunta
para o prefeito de Ilhéus: como ficará o
ano letivo se esses trabalhadores só deverão receber 50% da sua carga horária?
Outra pergunta que
deve ser respondida pelo prefeito: se
houve queda da arrecadação (comprovado acima que na Educação não houve) por que
somente os trabalhadores da Educação foram penalizados?
A palavra do
momento não é ACOLHIMENTO e sim DESVALORIZAÇÃO DA FUNÇÃO DO PROFESSOR.
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