Resistir para não perder direitos!
Esta é a agenda de luta do movimento dos servidores públicos. APLB-Sindicato e
entidades que representam os servidores públicos estiveram mobilizados em
manifestação na manhã desta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa da Bahia
com o objetivo de barrar a PEC da Previdência de Rui Costa, semelhantes às
propostas do presidente Bolsonaro e do prefeito ACM Neto. Prevista para segunda
(6), a discussão sobre a reforma da Previdência estadual em comissões e no plenário
da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) foi adiada. Agora a previsão é de que
a proposta passe a ser discutida nas comissões no dia 14. A Proposta de Emenda
à Constituição (PEC 158) que modifica as regras da previdência social dos
servidores públicos civis do Estado foi enviada à Casa pelo Poder
Executivo.
De acordo com o coordenador-geral da
APLB esta mobilização é fruto de uma construção coletiva com as entidades e
centrais desde o mês de dezembro. “Conseguimos reunir todos os sindicatos e
centrais sindicais aqui na Assembleia Legislativa da Bahia. Precisamos de
unidade para lutar contra esta Proposta de Emenda Constitucional desumana. Que fere os direitos dos trabalhadores. Ontem
nós tivemos uma reunião com o líder do PT o deputado Marcelino Galo. Hoje está
prevista uma reunião com Rosemberg Pinto e outros partidos políticos, pois
segundo o Governo a votação será realizada semana que vem. Conseguimos reuniu
diversas caravanas do interior do estado e vamos continuar a intensificar às manifestações”, destaca Rui
Oliveira.
Rui ainda ressalta que as mais
prejudicadas são as mulheres e as professoras que têm jornada tripla,
representam 80 % da categoria. “Uma professora hoje que se aposenta com 25 anos
serviço de regência e 50 anos de idade, para ela se aposentar e receber o teto
da previdência terá que contribuir com mais 40 anos de serviço. Ela não vai
aguentar! É uma profissão insalubre. Elas fazem uma tripla jornada de
trabalho”, critica Rui.
Cassiano Benevides diretor da Regional
de Alagoinhas considera a proposta de Rui Costa “um presente de grego”. “O dia
de hoje é o início de uma batalha para derrubar essa PEC maldita que o
governado quer dar de presente aos servidores. As professoras, as mulheres, são
as mais prejudicadas e com certeza estarão nas manifestações contra essa PEC. A
APLB tem se manifestado no interior do estado, apesar do período de recesso, o
trabalho de conscientização tem sido intenso”, enfatiza.
Diversas delegacias estiveram
presentes como de Alagoinhas, Simões Filho, Guanambim, Feira de Santana, Irecê
e região.
Diálogo com parlamentares
A manifestação teve desdobramentos
como um encontro entre os representantes das categorias e parlamentares como
Marcelino Galo, Rosemberg Pinto, Jacó, Robinson Almeida, Fabrício Falcão e
Hilton Coelho. Rui Oliveira defendeu o
diálogo e manteve o posicionamento de tentar barrar a PEC. “A nossa aposição
continua a mesma. Achamos que é uma ação intempestiva do governo. A nossa
proposta é a retirada da PEC para que possamos dialogar, discutir e construir
alguma coisa dentro do nosso entendimento. O objetivo da nossa vinda neste
encontro é tentar convencer e também ouvir os deputados sobre este pleito. São 6 anos sem reajuste salarial. Essa
reforma atende mais os interesses do grande
capital e não da sociedade. Então estamos aqui servidores e sindicatos
junto com quatro grande centrais sindicais para o diálogo”, enfatizou Rui
Oliveira.
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