"Caiu a máscara", resumiu o
presidente da APPI/APLB, Osman Nogueira. Com a medida, o município assume que
sua intenção é, de fato, consolidar a demissão dos servidores. "O governo
que sentava com a gente, que no início se mostrava disposto a ajudar os
trabalhadores, revelou a sua verdadeira face", completou o sindicalista.
A Procuradoria Jurídica da Prefeitura
de Ilhéus, que no início do ano, protocolou junto ao Tribunal de Justiça da
Bahia o pedido de suspensão da demissão em massa de cerca de 400 servidores
admitidos sem concurso público, entre 5 de outubro de 1983 e 5 de outubro de 1988
e dos funcionários contratados por meio de seleção simplificada, voltou atrás e
pediu ontem ao mesmo tribunal que "cancele" a sua solicitação e
arquive o antigo pedido.
A justificativa apresentada pelo
procurador-geral, Jéfferson Domingues, para a mudança de curso no processo, é
de que aconteceu uma série de mudanças "no cenário fático e orçamentário
do município após o cumprimento da sentença".
No documento obtido com exclusividade
pelo Jornal Bahia Online, o procurador municipal informa à presidência do TJB
que, o "ente público tem passado por grandes dificuldades financeiras e
orçamentárias, com risco de paralisação de serviços públicos essenciais. Dessa
forma, o retorno ao quadro funcional dos servidores afastados pelo comando
sentencial agravará, ainda mais, a situação financeira deste ente". É
justificativa apresentada no pedido.
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