APPI/APLB dá mais uma semana para governo apresentar proposta de reajuste salarial

Apesar da APPI/APLB ter entregue, em dezembro do ano passado, a pauta da campanha salarial dos trabalhadores em Educação de Ilhéus, com a proposta da categoria, a Prefeitura pediu mais uma semana para dar uma resposta oficial ao pleito. Hoje (09), durante assembleia, os trabalhadores deliberaram por aguardar o prazo solicitado pelo prefeito Mário Alexandre para decidir o futuro do movimento. Nesta terça não houve aula na Rede Municipal de ensino. A categoria realizou uma paralisação de advertência.

Uma nova reunião está agendada entre a APPI e a Prefeitura para a próxima terça-feira (16). Ainda no mesmo dia, os trabalhadores voltam a realizar uma nova assembleia para avaliar a proposta do governo. Mas, desde já, está agendada uma nova paralisação de advertência na quarta-feira (17).
A categoria também decidiu parar por 24 horas em solidariedade aos servidores demitidos pelo prefeito Mário Alexandre no início do ano. São cerca de 300 servidores que foram admitidos sem concurso público, entre 5 de outubro de 1983 e 5 de outubro de 1988 e dos funcionários contratados por meio de seleção simplificada, que permanecem sem retornar ao seu ambiente de trabalho, mesmo após decisão favorável ao retorno por parte da desembargadora Sílvia Zarif, do Tribunal de Justiça da Bahia. A Prefeitura descumpre a decisão judicial há mais de uma semana.
 
 
Além de uma assembleia bastante participativa, no Centro de Convenções, professores e servidores demitidos fizeram um novo protesto nas escadarias do Palácio Paranaguá. Antes, realizaram uma passeata pelas ruas do centro de Ilhéus, portando cruzes que simbolizaram o sacrifício de centenas de trabalhadores com mais de 30 anos de serviços prestados, entregues à própria sorte e sem os seus direitos trabalhistas.

Muitos servidores demitidos estão sobrevivendo de cestas básicas arrecadadas pelos sindicatos com apoio da sociedade civil organizada de Ilhéus e da região sul.

O que os trabalhadores reivindicam – Na lista entregue à Prefeitura, os trabalhadores em Educação reivindicam reajuste salarial a todos os profissionais do setor de educação (exceto professores) no percentual de 10% (dez por cento) sobre os salários pagos em dezembro de 2018.

Na proposta, o município se obrigaria a cumprir a tabela dos trabalhadores não docentes, garantindo os percentuais entre os níveis, padrões e referências em Educação conforme prevê a Lei 3549/2011. O Município também deverá conceder o percentual do piso nacional em cumprimento a Lei nº 11.738/2008, da Lei 3346/2008, assim como a meta 17 e 18 da Lei 3729/2015, para os profissionais do magistério e cumprirá o acordo extrajudicial homologado na Justiça do Trabalho em decorrência de uma sentença transitada e julgada. Na lista de reivindicações ainda há garantias de direitos com Previdência, FGTS, vale transporte, adicional de noturnidade e número de alunos por sala de aula, dentre outras coisas.
 
 


Comentários