Emoção e fé marcaram o culto inter-religioso realizado na noite desta terça-feira (12), pelos sindicatos representativos
dos funcionários públicos de Ilhéus, na praça do Tamarineiro, bairro Malhado,
onde fica localizada a sede da APPI/APLB, em Ilhéus. O evento religioso foi
para agradecer a Deus pela decisão tomada pelo Tribunal de Justiça da Bahia,
que determinou o retorno imediato dos servidores demitidos no final do ano
passado pelo prefeito Mário Alexandre.
O ato solene contou
com as presenças do padre José Cristo, representação da Igreja Católica; de
Edneia Souza Santos, representando a doutrina espírita; de Mãe Laura Mametu
Sandoiá, dos povos e terreiros de candomblé e Henrique Oliveira, representando
os evangélicos. Servidores e familiares participaram do evento que teve a
duração de uma hora e meia.
“O ato também serviu
para arrecadar pães que serão entregues às instituições de caridade de Ilhéus.
“O pão representa a vida, partilha, solidariedade. Alicerçados nestes
sentimentos fomos às ruas de Ilhéus para pedir ajuda para vocês. Este momento
de dificuldade também foi importante para que muitos que estão aqui pudessem
perceber que foram ajudados por pessoas que nem sabiam a quem estavam ajudando.
O que estamos fazendo aqui agora é humildemente retribuir esse gesto de
caridade e de amor ao próximo”, disse Enilda, sendo bastante aplaudida.
Cânticos como a
Oração de São Francisco e a música “Jesus Cristo”, de Roberto Carlos, foram
entoados com muita emoção pelos presentes. Muitos servidores choraram durante o
culto. Representantes sindicais foram homenageados pelos servidores pela luta
em defesa dos demitidos. “De fato são pessoas que merecem o reconhecimento por
que não mediram esforços para restabelecer a justiça em defesa de todos vocês”,
destacou o padre Cristo.
Os sindicatos também
prestaram homenagens. Entre elas, aos advogados que representam os
trabalhadores na justiça e à desembargadora Silvia Zarif, autora da decisão
favorável aos demitidos no TJB. “Ela (Zarif) não abriu mão de dizer: peraí,
esse pessoal não foi sequer ouvido! Não pode ser largado assim à toa. Isso é
injusto. Ela fez justiça, justiça na essência da palavra”, destacou Enilda.
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