No ato de
paralisação nacional com assembleia em defesa da aposentadoria e da previdência
social, hoje(20), na sede da APPI/APLB, o sindicato convocou os trabalhadores
das redes estadual e municipal para discutir a atual proposta de Reforma da
Previdência. Um texto que, segundo as centrais sindicais, ainda não está claro quanto aos riscos e
prejuízos para os trabalhadores. “Hoje, pela regra, a aposentadoria é por tempo
de contribuição; o grande perigo agora é que a aposentadoria, pela nova proposta,
é por idade - 65 anos para homens e 62 para a mulher. Alguns trabalhadores
terão o tempo de trabalho muito aumentado, mesmo com o tempo de contribuição já
cumprido. As centrais sindicais estão se reunindo para criar um calendário
nacional de lutas e nós faremos a adesão a ele”, esclareceu a secretária
intermunicipal do sindicato, Enilda Mendonça.
A assembleia teve a
participação do presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus, Rodrigo
Cardoso, que fez palestra sobre o tema. Segundo ele, infelizmente esta é mais
uma proposta que prejudica os trabalhadores, mas não onera os grandes
empresários e banqueiros que se apropriam da maior parte da riqueza da nação.
Ele acrescenta que a busca de equilíbrio orçamentário do estado é feita sempre
atacando direitos dos trabalhadores e do povo. Rodrigo considera ruim o caminho
traçado por este governo, que tem uma proposta ainda pior do que a do golpista Temer,
porque busca alterar o sistema da previdência, que deixa de ser solidário e
vira individualista, de capitalização, onde os recursos da previdência ficam nas
mãos dos banqueiros.
“Os países que optaram
por esse sistema hoje têm seus idosos com benefícios inferiores ao salário mínimo,
trazendo sofrimento para a população. Acho que é um caminho que o Brasil não
pode seguir e, como barramos a proposta do Temer, temos esperança de resistir a
essa proposta do governo Bolsonaro”, conclui.
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