Demitidos por Marão, servidores fazem protesto na zona sul de Ilhéus



Os servidores demitidos pelo prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, o Marão, com mais de 30 anos de emprego, realizaram uma manifestação de protesto na manhã de terça-feira, 15 de janeiro, na zona sul da cidade. Eles percorreram ruas do bairro Nelson Costa para denunciar a injustiça praticada pelo prefeito, que havia se comprometido a buscar todos os recursos judiciais cabíveis a fim de suspender o efeito da sentença do juiz da Vara da Fazenda Pública.

Demitidos de diversos setores da Prefeitura, os servidores explicam à população as contradições do prefeito, que nem recebe as lideranças sindicais para um diálogo sincero. Através do Decreto nº 128/2018, publicado na madrugada do dia 8 de janeiro, o prefeito afastou impiedosamente servidores que ingressaram no Município antes de outubro de 1988, quando não havia obrigatoriedade de concurso público.


Dentre os manifestantes, estava o guarda municipal Neilton Santos, acompanhado pela esposa Jandira Oliveira e filhos. A família saiu do condomínio Moradas do Porto, onde reside, na zona oeste de Ilhéus, para participar da manifestação. Neilton declarou que o sentimento com a atitude do prefeito é de profunda tristeza. “Me sinto muito triste pelo fato de ter dedicado a minha vida inteira à Prefeitura, ter sido pego de surpresa, por ele ter prometido lutar até a última instância e não ter cumprido a palavra”, disse.

O guarda municipal injustamente demitido, com 31 anos de serviços prestados a Ilhéus, disse que vive dias de angústia. “Tenho contas para pagar e o prefeito Mário mergulha a gente nessa situação de enorme necessidade. Espero que a Justiça seja feita e que a gente se reintegre ao nosso serviço e possamos ter um dia normal como qualquer outro”, afirma. 

O movimento de protesto é coordenado pelos sindicatos representativos da categoria dos servidores públicos municipais, como o Sinsepi, APPI\APLB, Sindiguarda e Sindiacs\ACE. Para o presidente da APPI\APLB, Osman Nogueira, as decisões do prefeito foram baseadas na maldade, “porque ele próprio implantou o PDV (Programa de Desligamento Voluntário) e sabe que esses servidores estão prestes a se aposentar. Nós acreditamos na boa fé do prefeito, e agora estamos indignados”, enfatiza o sindicalista.

 
 
 
 
 

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