Em
mais uma greve geral em protesto contra a retirada de direitos que o governo de
Michel Temer tem imposto à população, trabalhadores em educação e de diversas
categorias se unem, nesta sexta-feira (30), em todo o país. As mobilizações são
uma luta contra as reformas trabalhista e previdenciária, a Lei da
Terceirização e a privatização da educação pública.
Em
Brasília, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE), Heleno Araújo, e representantes da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e das entidades filiadas estiveram juntos na Praça do Relógio, em
Taguatinga. Eles também pediram a saída de Temer e eleições diretas.
Para
Heleno, os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo atuam contra a população
brasileira e, com isso, ela precisa reagir. “Não vamos permitir que continuem
assaltando o nosso país, como estão fazendo, tomando atitudes arbitrárias,
tanto no processo de estar no poder quando na retirada de direitos da classe
trabalhadora. A situação da Emenda Constitucional 95, que reduz recursos da
educação, não é só uma denúncia, é fato. É retirar dinheiro da educação para fazer
passaporte. É uma aberração o que fazem ao nosso país, com o direito social e
humano à educação”, relata.
Segundo
o secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, retirar o atual
presidente é uma bandeira cada vez mais crescente na categoria e no país. “As
Diretas Já são a solução para voltarmos à normalidade democrática no Brasil. As
reformas que estão encaminhando no Congresso Nacional são parte do golpe, que
começou com o impeachment. Só vamos resolver isso elegendo novamente um
presidente pelo voto direto”, explica.
O
secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional, Antonio Lisboa,
considera a greve geral desta sexta-feira extremamente importante e vitoriosa
com uma paralisação no país inteiro: “É a continuidade da nossa luta contra os ataques
diversos que viemos sofrendo. Não só os direitos trabalhistas estão sendo
atacados, mas os direitos humanos”.
Para
o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro/DF), hoje é mais um dia
de uma agenda propositiva de luta e enfrentamento contra as reformas
trabalhista e da Previdência. “A educação tem o protagonismo muito peculiar e
especial nessa luta. Foi a única categoria, em nível nacional, que construiu
uma greve e trouxe uma alteração nas contas. O governo percebeu que não teria
condições de aprovar as reformas, e nós conseguimos ganhar um tempo para
fortalecer o nosso protesto. Hoje, outras categorias se inserem na luta. É uma
luta unificada”, frisa a secretária de Formação do Sinpro/DF, Luciana Custódio.
O
diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito
Federal (SAE/DF), Denivaldo Alves do Nascimento, faz questão de ressaltar os
prejuízos da reforma da Previdência para as mulheres do magistério. “Nós temos
companheiras hoje no órgão, que já entraram com idade avançada no serviço
público, que vão se aposentar com quase 80 anos. É uma reforma extremamente
machista, que extrai direito, e a gente não vai permitir isso. Nós vivemos uma
crise no país de só retirada dos nossos direitos e de subtração dos nossos
salários. Então, estamos aqui na luta contra essas reformas e a favor da classe
trabalhadora para a manutenção dos nossos direitos”, conclui.
Fonte: http://www.cnte.org.br/
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