Trabalhadores permanecem em vigília na Câmara pela rejeição do Estatuto



Os servidores públicos municipais de Ilhéus, de todas as secretarias, decidiram continuar em vigília nas sessões da Câmara de Vereadores para exigir dos parlamentares a rejeição projeto do Estatuto que já se encontra tramitando no legislativo municipal sem que ao menos tenha sido discutido com as categorias. Conforme os líderes sindicais, o projeto apresentado pelo prefeito Jabes Ribeiro, além de contrariar a lei aprovada pela própria Câmara, ainda traz sérios prejuízos para os trabalhadores.

Na terça-feira (ontem) os servidores ocuparam o plenário da Câmara Municipal e permaneceram até o final da sessão. Nesta quarta-feira os trabalhadores voltam a ocupar o plenário e farão o mesmo procedimento nas demais reuniões para acompanhar o andamento do projeto e observar os vereadores que serão contra ou a favor dos servidores públicos municipais. Os trabalhadores levaram cartazes com o pedido de rejeição imediata do projeto que elabora o estatuto e colocaram um painel onde será anotado o voto de cada vereador.

De acordo com os líderes sindicais, no ano passado os vereadores aprovaram o projeto de lei para a elaboração do Estatuto do Servidor Público Municipal de Ilhéus que traz sérios prejuízos para os trabalhadores. Pelo projeto, esse estatuto deveria ser elaborado num prazo máximo de 180 dias e com ampla discussão com os sindicatos de cada categoria. Ocorre que o governo perdeu o prazo e somente agora, mais de um ano e meio depois, resolveu apresentar na calada da noite um estatuto pronto, sem discussão e tirando uma série de direitos e garantias do trabalhador. 
Na avaliação dos sindicalistas, o estatuto foi apresentado agora como forma de punir os trabalhadores, após ter sido rejeitado o plano do governo de fazer uma tercerização milionária da saúde em Ilhéus. Os trabalhadores afirmam que o Estatuto proposto pelo prefeito, sem discussão com os servidores, traz perdas para todas as categorias, por esse motivo precisa ser rejeitado pela Câmara, que deve legislar em benefício do povo e não a serviço do prefeito. A proposta dos trabalhadores é participar de todas as sessões até que de fato o projeto do Estatuto do Servidor seja rejeitado pelos vereadores.

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