Faltam menos de um mês para o início do ano
letivo na rede municipal de Ilhéus e até agora os alunos da Escola Pequeno
Príncipe, no bairro da Conquista, estão sem local para estudar. A denúncia está
sendo feita por pais, alunos e professores que foram às ruas na manhã desta
quinta-feira(02) cobrar da Prefeitura de Ilhéus a retomada imediata das obras
de conclusão da escola, paralisadas desde 2008. A comunidade também solicitou a
garantia de espaço digno para que as crianças estudem durante o processo de
conclusão da escola e o apoio da sociedade ilheense na luta em favor dos
direitos das crianças.
Com faixas e cartazes, pais, alunos e
professores denunciaram não somente o estado de abandono da escola, como também
a humilhação que os estudantes estão sofrendo, ficando amontoados em espaços
improvisados, sem qualquer condição de aprendizagem. Enquanto isso, as obras da
escola estão paralisadas. Os integrantes do movimento fizeram questão de
colocar que o ato realizado na manhã de hoje, em frente à construção, não era
mais um protesto contra o descaso com a educação, mas sim um grito popular de
quem não aguenta mais tanta humilhação.
Durante o protesto a diretora da unidade
escolar informou que o Governo Municipal teria publicado na manhã desta
quinta-feira, no Diário Oficial, o edital de licitação para a retomada das
obras de construção da escola. A licitação será realizada ainda no dia 22 de abril,
o que, na avaliação dos professores e demais integrantes do movimento, não
resolve o problema, já que as aulas serão iniciadas em 27 de abril e até agora
as crianças estão despejadas, sem local para estudar.
A presidente da APPI/APLB-Sindicato e do
Conselho Municipal do Fundeb, Enilda Mendonça, adiantou que o colegiado já fez
diversas denúncias do abandono da escola no Ministério Público Estadual, mas
até agora não foi tomada uma solução. Ela também solicitou aos pais, alunos e
professores que estejam atentos, vigilantes para acompanhar o processo de
licitação e de realização das obras, já que nesse período muitas licitações já
foram feitas e depois as obras foram paralisadas.
A escola, que deveria estar funcionando com
centenas de crianças, hoje virou ponto para usuário de drogas, depósito de lixo
e até motel improvisado. De acordo com integrantes do Colegiado Escolar, enquanto
as obras estão abandonadas, a Prefeitura de Ilhéus prefere gastar os recursos
com alugueis de espaços improvisados, sem a menor condição de funcionamento de
salas de aulas.
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