Lutar por melhores condições das escolas da
rede municipal de Ilhéus, pela regularização do transporte escolar, pelo
cumprimento da lei que garante o pagamento do piso nacional, pelo reajuste
anual dos trabalhadores e pela regularização da alimentação escolar. Esses são
os principais objetivos da marcha em defesa da educação que acontecerá na
próxima terça-feira, dia 15 de julho, às 8h30min, reunindo trabalhadores, pais,
estudantes e membros da sociedade civil comprometidos com um ensino público de qualidade.
A concentração será na praça do Tamarineiro, no
bairro do Malhado, passando pela avenida Itabuna, Canavieiras, Bento Berilo,
praça Cairu encerrando com um ato público em frente ao Palácio Paranaguá. A
proposta é mostrar à sociedade o verdadeiro quadro do ensino a cidade, com
escolas sucateadas, alunos sem alimentação e sem transporte escolar, além da
decisão do prefeito de descumprir a determinação judicial que garante os
direitos dos trabalhadores em educação.
Durante a marcha os trabalhadores também
estarão expondo seus contracheques onde mostrarão os salários defasados e os
dias cortados por terem participando e assembleias da categoria. De acordo com
a APPI/APLB-Sindicato, a decisão do prefeito de descontar os dias dos trabalhadores
foi uma forma de amedrontar a categoria para que desista da luta pelos seus direitos.
A APPI já entrou com um mandado de segurança na justiça solicitando a devolução
desse dinheiro descontado de forma ilegal, além de denunciar casos absurdos de
descontos feitos dos salários de professores que estavam de férias, de licença
maternidade, lotados em escolas onde não havia sido iniciado o ano letivo, além
de servidores que não tinham aulas nos dias descontados.
Os trabalhadores também decidiram realizar,
em conjunto com todas as categorias de servidores municipais, uma mesa redonda
para esclarecer sobre as ameaças do prefeito de demitir os trabalhadores que
ingressaram no serviço público municipal no período de 1983 a 1988. O evento
será realizado no dia 18 de agosto, às 14 horas, no entro de Convenções Luís
Eduardo Magalhães, e vai contar com a participação de representantes do
Ministério Público Federal do Trabalho, Ministério Público Estadual, Tribunal
de Contas dos Municípios, Ordem dos Advogados do Brasil, Universidade Estadual
de Santa Cruz e de vários outros e entidades da região.
Durante a Mesa Redonda os participantes
estarão esclarecendo sobre as ameaças de demissão por parte do governo
municipal, mostrando, com base na legislação, que tudo não passa de uma
tentativa do governo municipal de amedrontar os trabalhadores. Em recente
assembleia dos trabalhadores em educação, o advogado Iruman Contreiras provou
que o prefeito não poderá, em nenhuma hipótese, demitir os trabalhadores do
período de 1983 a 1988, como ele vem afirmando na imprensa regional, sem que antes
adote uma série de medidas, como a redução no quadro de comissionados, anulação
de todos os contratos da Prefeitura, dentre outras ações de ordem econômica.
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