Uma nova paralisação na rede municipal de
ensino de Ilhéus será realizada nesta quarta-feira (28), em sinal de protesto
contra a falta de diálogo do governo, que insiste em não conceder o piso
salarial anual para os professores, como manda a legislação, e o reajuste anual
dos demais trabalhadores em educação. E como parte das atividades, pais, alunos
e trabalhadores em educação da rede municipal estarão realizando uma caminhada
o distrito de Lagoa Encantada, às 15 horas, com a proposta de denunciar a
situação crítica da educação e sensibilizar a comunidade ilheense para a
necessidade de apoiar a luta dos servidores.
A escolha de Lagoa Encantada para realizar o
movimento foi feita pela comissão de pais, tendo em vista a situação de descaso
em que se encontra a educação nesse local, onde dezenas de alunos estão sem
estudar porque a Prefeitura não providenciou um condutor para a lancha enviada
pelo Governo Federal. A embarcação está parada enquanto que os alunos estão sem
estudar. A proposta dos pais, alunos e trabalhadores é realiza semanalmente uma
caminhada em bairros e distritos de Ilhéus para cobrar mais respeito com a
educação e melhores condições de trabalho para os servidores.
Na última quarta-feira (21), pais, alunos e
trabalhadores em educação da rede municipal de Ilhéus foram às ruas do bairro
Teotônio Vilela manifestar o apoio à luta dos servidores, que reivindicam o
pagamento do piso nacional dos professores e a reposição anual dos demais
trabalhadores. Por onde passavam os manifestantes recebiam o apoio da
comunidade, que denunciava a situação de caos na educação em Ilhéus, com as
escolas destruídas, teto desabando, unidades funcionando em espaços
improvisados, além da falta de merenda escolar e de transportes, mesmo com os
recursos enviados mensalmente pelo Governo Federal.
De acordo com os pais, alunos e
trabalhadores, a educação em Ilhéus atravessa um dos momentos mais críticos e
tristes de toda a sua história. Além do desrespeito do governo municipal com as
leis e com os direitos dos servidores, eles afirmam que as escolas também estão
em situação caótica, sem merenda escolar, sem transporte para os estudantes e
com unidades funcionando em casas improvisadas, sem as mínimas condições de
trabalho. Em algumas escolas o ano letivo ainda não foi iniciado, prejudicando
milhares de alunos.
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