O ano letivo de
2014 não será iniciado na próxima segunda-feira, dia 14, nas escolas da rede
municipal de Ilhéus. Em assembleia dos trabalhadores em educação da rede
municipal, realizada na manhã desta quarta-feira, na Câmara de Vereadores, a
categoria decidiu fazer uma paralisação de advertência nos dias 14, 15 e 16 de
abril, em sinal de protesto pelo fato do governo municipal não ter assinado o acordo
de campanha salarial 2014 que prevê, dentre outros pontos, o pagamento do piso
nacional dos professores e o reajuste salarial dos demais trabalhadores.
A categoria também
decidiu que não participará das atividades de planejamento e nem da jornada
pedagógica. Outra decisão dos trabalhadores foi a da realização de uma nova
assembléia na próxima quarta-feira(16), às 14 horas, para avaliar o movimento,
observar as propostas que poderão ser feitas pelo governo municipal e decidir
se entrarão ou não em greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores entendem
que a greve traz prejuízos para todos, mas nesse momento de luta, onde o
governo municipal insiste em não respeitar as leis e se recusa a garantir o
reajuste legal dos servidores, não há outra alternativa a não ser realizar a
paralisação de advertência em sinal de protesto.
A presidente da
APPI/APLB-Sindicato, Delegacia Sindical Costa do Cacau, Enilda Mendonça,
informou que a data base da categoria é janeiro de 2014 e pauta da campanha
salarial, aprovada por unanimidade pelos trabalhadores em educação, foi
protocolada na Prefeitura de Ilhéus em dezembro do ano passado, mas até o
momento o governo municipal não assinou o acordo. Enilda Mendonça informou que
os trabalhadores estão tentando de todas as formas negociar com o governo
municipal para que a lei seja cumprida e seja assim garantido o reajuste dos
servidores e o pagamento do piso nacional dos professores.
O mais grave,
segundo Enilda Mendonça, e que a proposta apresentada de maneira informal pelo
governo municipal, é a mesma do ao passado, de reduzir a carga horária e
consequentemente os salários dos trabalhadores. Na assembleia da categoria, os
trabalhadores consideraram a proposta do governo como imoral, desrespeitosa e
perversa. Ainda na assembléia foram discutidos, além da Campanha Salarial 2014,
outros importantes assuntos de interesse da categoria, como a ação que garantiu
o pagamento do piso nacional dos professores, pagamento de algumas ações de
42%, a ação de revisão salarial dos servidores e o pagamento do salário do mês
de dezembro de 2012.
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