Greve continua: Servidores rejeitam proposta de redução dos salários

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (25), no ginásio de esportes Herval Soledade, os trabalhadores de todas as categorias de servidores públicos municipais rejeitaram a proposta apresentada pelo prefeito Jabes Ribeiro de reduzir em 20% a jornada de trabalho e, consequentemente os salários. Na avaliação dos trabalhadores, a proposta, além de imoral, ainda representa um desrespeito aos servidores, que reivindicam a reposição anual de 5,84% para todas as categorias, e 7,97% para os professores, como manda a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acontece que ao invés de conceder a reposição, o prefeito propôs a redução dos salários para quem recebe acima de R$ 1.000,00. Isso quer dizer, na prática, que quem recebe o salário de R$ 1.000,00, por exemplo, com a proposta apresentada pelo prefeito passaria a receber R$ 800,00. Por conta disso, os trabalhadores decidiram continuar a greve por tempo indeterminado, até que seja assinado o acordo de campanha salarial garantindo a reposição assegurada pela lei. Uma nova assembleia com todos os servidores públicos municipais está marcada para a próxima segunda-feira, às 9 horas da manhã, no ginásio de esportes Herval Soledade.

Logo após a assembleia realizada na manhã desta quarta-feira os servidores saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade, seguindo até o Palácio Paranaguá, para comunicar ao governo municipal que a greve continua. Os trabalhadores denunciaram que ao invés de trazer uma proposta de aumento de receita na prefeitura, para que a cidade possa arrecadar mais e receber mais investimentos, o prefeito se preocupou em penalizar e perseguir os trabalhadores com a redução dos salários. O mais grave, segundo os líderes sindicais, é que o prefeito além de propor penalizar os servidores efetivos, decidiu manter todos os cargos comissionados, os contratados nomeados por ele e os servidores de empresas tercerizadas. Tudo isso sem contar que vai manter os salários dos secretários municipais em mais de R$ 10 mil, sem qualquer redução nos vencimentos.


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