PROFESSORES DE URUÇUCA DECIDEM MANTER PARALISAÇÃO

1 - EDUCADORES RECEBERAM SÓ METADE DO SALÁRIO
2 - PREFEITO CORTA CARGA HORÁRIA DE PROFESSORES
3 - MUNICÍPIO REVOGA PLANO DE CARGOS

Os professores da rede municipal de Uruçuca deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada há pouco na Loja Maçônica. Eles querem que o prefeito Moacyr Leite pague a diferença salarial de janeiro e fevereiro. Educadores só receberam metade do salário nos dois meses. A rede possui 172 professores efetivos, além de mais de uma centenas de contratados.
O prefeito também cortou a carga horária dos educadores, alguns deles trabalhando por 40h semanais, mas recebendo salário equivalente a 20h trabalhadas. O que mais revoltou os professores foi a decisão de Moacyr Leite de revogar o plano de cargos e salários do magistério. O plano havia sido aprovado pela Câmara de Vereadores, por unanimidade, no ano passado.
O prefeito alegou que o plano era inconsistente. Um dos vereadores da bancada do prefeito, Carlos Magno, dizia que a melhoria salarial para a categoria “era pequena”. Hoje está contra. As atividades na rede municipal em Uruçuca estavam paralisadas desde ontem, quando a categoria iniciou greve de 48 horas.
As negociações não avançaram entre ontem e hoje e os educadores decidiram pela greve por tempo indeterminado.
“A cada mês é um salário diferente, pra baixo”, segundo a coordenadora do núcleo sindical da APLB de Uruçuca, Divaritana Santos Silveira. Os professores participam de sessão na Câmara Municipal, às 19h.
Divaritana explica que a categoria até acionou a justiça para que o retroativo, a partir de agosto, fosse pago aos profissionais. “A decisão tomada pela prefeitura em revogar o plano de cargos e salários não tem nada fundamentado no jurídico. É tudo por conta (da briga) de poder”.
Aos professores, Moacyr repetiu que o plano é inconstitucional por ter sido aprovado num período de eleições. O plano foi aprovado em 5 de junho e entrou em vigor em 12 de agosto do ano passado.

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