A greve geral de todas as categorias de
servidores municipais de Ilhéus foi encerrada nesta segunda-feira (07) com o
protocolo de seis ações na Justiça do Trabalho contra o governo municipal
solicitando o cumprimento da lei que garante a revisão salarial anual dos
trabalhadores e o piso nacional dos professores. Dessas seis ações movidas
pelos sindicatos, cinco são referentes à revisão anual dos servidores e uma é
para a garantia do piso nacional dos professores, todas tomando como referência
a data base de cada categoria. A primeira audiência já está marcada para o dia
12 de novembro na Justiça do Trabalho, mas os sindicatos já estão solicitando a
antecipação de tutela para garantir, o mais rápido possível, o repasse da
revisão salarial dos trabalhadores e piso nacional dos professores.
Com a ação na justiça os trabalhadores
decidiram retornar ao trabalho, depois de mais de 80 dias de greve. Mas os
servidores dos cinco sindicatos estarão em estado de greve, realizando
constantes mobilizações para acompanhar cada etapa do julgamento dos processos.
Os líderes sindicais informaram que nesses 80 dias de greve foram feitas todas
as tentativas de acordo para sensibilizar o prefeito Jabes Ribeiro para a
necessidade do cumprimento da lei que assegura o pagamento da revisão anual e o
piso nacional. Como não houve acordo e para não prejudicar os cidadãos que
necessitam dos serviços, os trabalhadores decidiram acabar com a greve e entrar
com as ações na justiça.
Os trabalhadores reivindicam a reposição
anual de 5,84% para todas as categorias, e 7,97% para os professores, como
manda a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas ao invés
de conceder a revisão, o governo municipal apresentou a proposta de reduzir em
20% a jornada de trabalho e, consequentemente os salários. Na avaliação dos
trabalhadores, a proposta, além de imoral, ainda representa um desrespeito aos
servidores.
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